Eu blogo, tu blogas,

>> 26 março, 2010

(ela, infelizmente, não bloga mais)

Quem, em tempos de internet, acha que a profissão de detetive se tornou praticamente desnecessária? E sabe por quê? Porque as pessoas adoram falar de si mesmas, ainda que muitas vezes não seja de maneira direta. Ainda mais pq o povo (inclusive eu) adora tirar foto, acaba postando no orkut e entregando os outros... várias vezes algum dos meus amigos comenta nas fotos: nossa, vc conhece fulano, ele estudou comigo na pré-escola, etc.

E daí que eu tenho uma tendência de stalkear as pessoas. Antes eu achava que era só xeretice, mas minha irmã falou desse nome exótico e eu decidi aderir (ela é ainda é mais stalker que eu). E às vezes eu fico acompanhando a vida de pessoas que eu nunca vi como se fosse uma novela da pós-modernidade... aliás, descobri que existem pessoas ainda mais loucas que eu porque confundem novela com realidade... na novela das oito tem uma personagem que é cadeirante e aí fizeram um blog pra ela (PERSONAGEM) e as pessoas comentam como se ela fosse de verdade... são coisas do tipo: “torço muito pra você, sei que vai sair dessa” ou “vi que você terminou o namoro, por que você fez isso?”... hellowwww!!

---------- Ok, corta essa cena. Voltaremos a isso em breve! -------------------------------------

Um blog leva a outro que leva a outro que leva a outro e assim segue a vida. A maioria fica pelo caminho, mas tem uns outros que eu sempre dou uma espiadinha (hohoh, parece coisa daquela bosta de BBB). O Te Amo, Porra foi daqueles que eu amei logo de cara, li o histórico inteiro, chorei e chorei de rir em várias ocasiões... mesmo não gostando e não vendo Big Brother, eu continuo adorando os posts da Patrícia.

Tiveram outros que também foram assim, paixão à primeira lida. E um deles foi o “Cala Boca que eu To Falando”, que eu descobri através do fantástico “Jesus, me chicoteia”. Comecei a ler, li o histórico e aí descobri onde a menina trabalhava que, por coincidência, é onde o Daniel e a minha amiga Aninha trabalham hoje. E como o mundo é mesmo um ovo, o Daniel descobriu ter amigos em comum com a menina (que também se chama Ana).

Resumindo o conto: o Daniel trocou algumas palavras com a Ana um dia desses... disse que eu era leitora do blog, super fã, e perguntou por que ela não andava escrevendo mais... segundo ele, a menina ficou super sem graça.... porra, se vem um cara do trabalho que eu não conheço direito me falar uma coisa dessa eu mando até trocarem o cadeado da minha casa, rs!

---------- Unindo parte um e parte dois-----------------------------

E isso me fez sentir exatamente como uma daquelas pessoas sem-noção que fazem comentário no blog de PERSONAGEM. Alguém aí já se sentiu assim, meio idiota?
Mas já que to aqui e já paguei bastante mico, não deixem de ler esse post mto bom do blog da Ana.

Bom finde!

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E aíííííí

>> 22 março, 2010

Era assim que eu começava toda frase quando era criança: “e aííííí”, com minha voz fina e estridente. Eu falava isso toda vez que ia contar algum “causo” ou uma história inventada na minha própria cabeça ou historinhas de livros. Meu avô, que era meio bravo, sempre falava: agora começa a história sem falar ‘e aí’.... pronto, começava a angústia e eu travava, pensava em como ia dar continuação pra história sem juntar as frases com “e aííí...”
O mais engraçado é que o babe falou outro dia que eu falo muito “e aííí” e eu contei essa história pra ele... pronto, não posso mais falar senão sou zoada até o fim dos tempos.... (mas como aqui o blog é meu e quem manda sou eu, lá vai!)

E aíííííí...

- que bebi várias Guinness nesse St Patrick, dei risada e foi ótimo (e aí passei mal no dia seguinte. Abafa o caso!)
- já estamos no oitavo episódio de Lost (aliás, o oitava teve como personagem principal o Sawyer) e está ótimo!!!
- vimos Precious... gente, que tristeza. Não veja num dia que estiver deprê, peloamordedeus!
- assistam o argentino “O Segredo dos seus olhos”. É O filme! Atores foda, roteiro fantástico, fotografia, idem. É totalmente imperdível!
- vi o japonês “A Partida”..... coisa linda, viu? Esse é altamente recomendado pra minha ermã... o tema é a morte e a cultura japonesa da despedida e tal. Bem interessante.
- se você ta com um tempinho livre por aí e a fim de ver algo com conteúdo, assista esse programa Roda Viva com o filósofo Slavoj Zizek. O cara é foda! Vi numa aula da pós e fiquei de queixo caído. Entre os temas em discussão: globalização, esquerda x direita, Guantánamo, psicanálise... mas só mergulhe se for de cabeça, ok?
- sábado à noite teve encontro de alguns dos melhores amigos. Sigam a dica: nunca levem namorados para um encontro onde só será discutido seu passado escolar e sua infância... além dele ficar boiando, ainda vai descobrir altos podres seus... (experiência própria, infelizmente!)

- ontem à tarde fomos ao teatro ver o musical “Meu amigo Charlie Brown”, inspirado nas tirinhas criadas por Schulz. Não foi uma mega decepção, mas também não agradou 100%, não... mesmo porque nem eram os personagens de verdade, né? (Dohhhhh!!! Eu tava parecendo a criança do nosso lado: mas, mãe, esse NÃO É o Snoopy....hahahah). Detalhe: eu e o Daniel éramos praticamente os únicos adultos não-pais no recinto. Isso foi meio vergonhoso!
- terminei de ler “Amor Líquido – Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos”. Sinceramente, esperava mais.... but, recomendo!

Bjkas e boa semana! Torcendo pra sábado chegar logo!!!

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There's a light that never goes out

>> 19 março, 2010

"Take me out tonight
Where there's music and there's people
Who are young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one
Anymore

Take me out tonight
Because I want to see people
And I want to see lights
Driving in your car
Oh please don't drop me home
Because it's not my home
It's their home
And I'm welcome no more"
There's a light that never goes out - The Smiths

A simples frase “to indo pra casa” anda saindo meio torta ultimamente. Porque minha casa não é mais minha. Não que ela tenha sido minha (no sentido literal de posse) em algum momento, mas agora é ainda menos.
Meu quarto ainda não tem a minha cara e às vezes eu paro pra me perguntar onde é que eu guardei uma coisa ou outra. Essas duas últimas semanas foram um exercício de aprendizado, de tentar encarar as coisas de outra maneira, de praticar a paciência. Mas chega uma hora em que é inevitável...
O que mais dói não é pensar que nunca mais aquela vai ser a minha casa e que eu não vou nunca mais me sentir à vontade lá. O que mais dói é a saudade do Ícaro, meu lhasinha comilão e preguiçoso... é foda como a gente se acostuma à presença daquela bolinha peluda e aí é totalmente estranho chegar em casa e não ter ninguém pra te fazer festa levando um brinquedinho na boca pedindo atenção, nem te deixando puta porque fez xixi no jornal errado ou roubou suas meias do balde. É muito chato sentar pra ver televisão e não poder falar: “Ícaro, vem sentar aqui comigo!” e aí ele só senta lá do seu lado e vc fica se desfazendo em carinhos na barriga daquela criatura... é duro não ter ele dormindo na minha cama e roubando meu espaço...
Mas eu sabia que ia ser assim e, vamos combinar, ta sendo ótimo ser mimada pra cacete pela minha vó... e a próxima mudança eu realmente espero que aconteça numa situação diferente... e que seja pra um lugar pra chamar de meu (ou nosso, né?)!


Tem que amar demais uma coisa assim pra dar pra ele o único presente que vc ganhou da sua host family (cobertor do Jack). E o mais impressionante: é o único que ele não come! hahahah!

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No matter what

>> 05 março, 2010

Não sei se é verdade, mas adoro acreditar na ideia de que quando a gente morre passa uma retrospectiva dos momentos mais importantes da nossa vida em um flash. Já parei várias vezes para pensar quais momentos seriam esses e é sempre difícil fazer uma pré-seleção porque (ainda bem!) tem muita coisa, muita gente, muitos momentos (alguém aí acha que eu gosto de listas?).

Mas o mais engraçado é que tem um que com certeza entraria na seleção e acho que é o único sobre o qual estou certa. E a graça está justamente no fato de que esse momento está na minha infância e eu sou uma das poucas pessoas que não acha que a infância foi a melhor época da vida, tudo era mágico e lindo.

Mas esse momento é bastante especial e eu lembro dele. Do cheiro, do som, da alegria. Essa à esquerda sou eu (antes, um pequeno parêntese: que cabelo é esse???? Que corte sem noção! E esse sapatinho? Não entendi até agora se era um tênis, chinelo, sandália), do alto dos meus cinco anos de vida. Ao meu lado está minha irmã ainda sem ter completado um ano. Isso aconteceu em 1990. Poderia ser uma simples fotos de duas irmãs meigas e fofas, mas.... reparem na minha blusa! Ela está toda molhada e isso porque eu estava babando de tanto rir. Não me perguntem o que um bebê - que nem fala - fez pra eu rir tanto assim porque eu não lembro, mas sabe quando você começa a rir e não consegue parar? Começa a doer a barriga, as bochechas... parece que o corpo fica pesado até e você não se controla. Foi assim esse dia.

Essa imagem, esse momento... eles vão comigo. Pra sempre.

90's

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Blessed are the forgetful

>> 03 março, 2010

Outro dia li em algum lugar que a Internet despertou o pior das pessoas, que, protegidas pelo anonimato, dizem coisas que não diriam na vida real. E alguém retrucou que não, que a Internet só revela o que nós somos, ou seja, se você é um babaca no mundo real, também o será na frente do computador.

Tava pensando nisso porque algumas coisas que tenho visto na Internet me fizeram refletir sobre (é claro) relações (e reações) humanas. E é muito engraçado ver como essa teoria acima realmente se aplica...

Quando a gente ta feliz, é claro que a gente quer que as pessoas que gostam da gente saibam disso, mas na Internet as pessoas também adoram mostrar para aquelas que não gostam tanto assim que estão super-hiper-mega-ultra feliz. Você não percebeu? Loga seu orkut e veja as atualizações.... tem sempre uns ou outros que conheceram o “namorado” há uma semana e escreve que é amor eterno, que antes dele/a não sabia o que era felicidade, que o amor é a coisa mais linda do planeta. E haja fotos românticas toscas na balada, no bar, no restaurante, na cama, na casinha do cachorro....

Veja bem: minha crítica não é quem faz isso, mas a supervalorização que as pessoas dão a isso. Se você é meu amigo no orkut, vai ver que tem várias fotos minhas com meu namorado e até meu profile foi escrito por ele (óbvio que ele não sabia disso quando foi convocado a escrever, rs!).

O problema é quando acaba. Alguns nem ficam em dúvida e deletam logo o perfil por um motivo obscuro – sendo que a maioria volta uma semana depois por algum motivo ainda mais obscuro. Outros apagam o status namorando, voltam ao solteiro e deletam fotos e depoimentos. E tem aqueles que não bastasse fazer tudo isso, colocam logo no perfil: “Solteiro, graças a Deus”, “Miguxas, tô de volta! Vamos pra balada?”, entre outras pérolas.

Sem dúvida, esse último tipo é o mais bizarro. Porque eu simplesmente não consigo entender como uma semana aquela pessoa era o amor da sua vida e na semana seguinte você já não tem nenhum respeito e consideração por ela. Não importa o que ela tenha feito... é muito infantil esse comportamento.

Deletar o Orkut... bom, a menos que você já quisesse fazer isso e não tenha a intenção de voltar uma semana depois, ok. Mas eu ainda continuo achando que o orkut é sim uma boa ferramenta pra encontrar pessoas que já fizeram parte da sua vida em algum momento e manter ctto com um ou outro. Depende muito mais do uso que você faz dele (it’s up to ya!).

Já deletar fotos e depoimentos me parece a saída mais razoável, embora eu tenha uma certa resistência a apagar os depoimentos porque tenho a sensação de que ele reflete aquele momento. Porra, eu não te amo mais, mas naquele momento que escrevi eu te amava e foi bacana.

A sensação que eu tenho é que cada vez menos as pessoas conseguem lidar com o passado (veja bem, sou eu – problemática-mor com o passado – que estou falando isso). Apagar fotos, depoimentos, recados é um jeito de tentar apagar a pessoa da sua vida no melhor estilo ‘Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças’. Mas se você está tão preocupado em apagar tudo isso é sinal exatamente de que você não consegue esquecer... não?

“Blessed are the forgetful, for they get the better even of their blunders” – Nietzsche

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Once

>> 02 março, 2010

Tenho algumas ideias de post na cabeça, mas agora eu não quero falar sobre nenhum daqueles assuntos.
É porque, depois de alguns meses da minha irmã ter pedido pra eu baixar o filme "Once", eu só baixei agora porque o meu amigo Rodrigo me disse que eu pecisava assistir e que eu ia amar (engraçado como algumas pessoas conhecem a gente apesar do pouco contato, né?).
E eu amei. MESMO. Entrou na listinha de favoritos apesar de não ter/ser nada demais.

Não consegui jogar o video aqui pq o youtube não permitiu, mas tem aqui o link

- E eu queria que minha sis estivesse aqui porque só ela ia entender como um filme tão simples conseguiu mexer tanto comigo...

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