I'm short, but I'm healthy

>> 27 outubro, 2010

Juro, não vou falar minha altura aqui pra não passar vergonha, mas já adianto que é algo vergonhoso. Não é que eu sou baixinha. Eu sou SUPER BAIXA!

Hoje, quando as crianças nascem, elas têm entre 49, 52 centímetros. Eu nasci com 45. Ces vão falar “ah, o que são quatro, cinco centímetros de diferença” e eu vos responderei “naquele momento, era 10% de diferença. E esses 10% permaneceram até hoje”. Minha mãe se preocupou quando eu nasci porque tinha só os tais 45 centímetros e pesava uns 2,5 quilos, ou seja, era pequenininha pra um bebê que nasceu de nove meses. Ela teve medo de que apresentasse características do nanismo, já que em nossa família nós tivemos um caso (sim, eu já fui em enterro de anão!). Até hoje não se sabe o motivo da irmã da minha bisa ser anã, mas todos apostavam no fato de os pais delas serem primos. Enfim...

Aí que eu fui crescendo lentamente, sempre a menor da turma. SEMPRE! No pré, a professora organizava a fila por tamanho e eu sempre era a primeira e as últimas da fila me tratavam como se eu fosse muito mais nova que elas, queriam me pegar no colo e aquilo me deixava puta da vida (aposto que ces também já ouviram aquele papo de que toda baixinha é brava, neh? Pois bem, é mesmo!). Teve um momento da minha vida em que isso me chateou muito e minha mãe me levou a alguns médicos, mas nenhum recomendou tratamento com remédios, apenas coisas naturais: dormir cedo, praticar esportes, alimentação saudável, etc. Minha altura atual é prova de que não segui nada disso.

Depois eu desencanei disso, descobri que minha altura não ia mudar mesmo e que não era tão horrível assim ser baixinha. Mentiria se eu dissesse que não queria ser mais alta porque é claro que eu queria. Assim como mais magra, mais inteligente, mais etc., etc. Nessas últimas semanas passei por situações que me lembraram o quanto é legal e o quanto é péssimo ser fora do padrão!

SWU – na entrada, Daniel e eu nos separamos para a revista policial. O cara olha pra cara: “você é maior de idade?”, dou uma risadinha pra ele em tom de “como vc é divertido” e digo que sim, ele retruca “me dá seu documento” sem nenhuma risadinha. Não era brincadeira!! Poha, passar por uma teenager aos 25 não é nada mal!

Ontem passei na lojinha de sapatos perto do trabalho, fui logo perguntando em que número começava porque algumas lojas só vendem a partir do 34. E ela soltou um temido 34. Pedi pra ela trazer mesmo assim. Ela volta e diz: tem 33! Meu coração se enche de alegria, já tirando o cartão de crédito da carteira e pensando em fazer a festa! Coloco o sapato, parece meio largo, mas tem fivela, ajusto uma, duas vezes. Chego no último, dou dois passos e o sapatinho cai do pé. PUTAQUEPARIU!

Príncipe encantado, é melhor tu ir direto na Pampili pq a coisa não tá rolando...

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Diálogos reveladores

>> 22 outubro, 2010

EU – Nossa, amor, to tão feliz que me reaproximei do Marcelo, sabe?
BABE – Sei, eu vi que agora vocês se escrevem direto no facebook.
E – é, ele é uma pessoa super importante na minha vida. Apesar de ficarmos anos sem nos vermos, ele é uma pessoa importante pra mim, que eu desejo que esteja perto nos momentos especiais, sabe?
B- sei, tipo seu casamento?
E- não, não... nem pensei nisso... tipo, meu aniversário... essas datas assim!
B– ah, tá.
E- .................................................................................
B- .................................................................................
E- é, tipo meu casamento. Não queria falar nada, mas já que você falou..........................
B- tinha certeza que era o casamento!

MEDO DE MIM! Quando é que eu me tornei essa pessoa que faz planos pro casamento? Que começa a pensar na música que vai tocar ou no modelito do vestido? QUANDO? MEDO! MEDO! MEDO!

O Daniel me tranquiliza dizendo que isso é coisa da natureza (você tá chegando numa fase em que a mulher quer mesmo um parceiro fixo pra procriar) e me faz sentir um personagem daqueles programas de natureza que eu acho um porre. Olha, mas pra aliviar essa culpa, eu até topo aceitar essa desculpa! Porra, cadê a velha Larissa anti-casamento, minha gente?

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Programa cultural em SP

>> 21 outubro, 2010

Depois de semanas enrolando, sábado finalmente fomos ao Museu da Língua Portuguesa. Tá rolando a exposição de Fernando Pessoa, primeiro português com esse destaque lá no museu. Confesso que conheço pouco de Pessoa e voltei conhecendo ainda menos – é incrível como o cara escreveu e mais incrível ainda descobrir que ele só teve um livro de poemas publicado em vida, todos os outros vieram após a sua morte.
Acabamos indo de metrô e foi a melhor escolha que fizemos, assim pudemos sair de lá e ainda dar uma passadinha na Liberdade pra ver o Frood e comer um pastel na Yoka – a melhor pastelaria ever!

Bom, chegamos ao museu e estava LOTADO! Fiquei abismada com a quantidade de gente e quantas famílias com crianças estavam lá. Aliás, vi uma cena que quase me fez chorar: um menininho com seus seis anos lia um poema na parede daquele jeito característico de quem está aprendendo a ler, coisa mais fofa! A exposição de Pessoa ocupa todo o primeiro andar. Logo de cara há “casas” para cada um dos seus principais heterônimos e uma para outros heterônimos do poeta onde são projetadas poesias.

Caminhando, há várias poesias pelas paredes, uma que aparece ao contrário e só é possível ler ao olhar para o espelho ao lado. Ao final, há mais projeções – dessa vez em dois tanques de areia e alguns documentos, primeiras edições de alguns textos publicados por ele e uma linha do tempo. Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a defesa que ele fez de seus amigos homossexuais .Não só ele, mas também Álvaro de Campos escreveram um artigo depois de um ataque dos estudantes aos poetas homossexuais. "Ó meninos: estudem, divirtam-se e calem-se. (...) Divirtam-se com mulheres, se gostam de mulheres; divirtam-se de outra maneira, se preferem outra. Tudo está certo, porque não passa do corpo de quem se diverte. Mas quanto ao resto, calem-se. Calem-se o mais silenciosamente possível". Fiquei pensando em como a situação seria naquela época e quão rara deveria ser essa lucidez e essa coragem para defender os amigos.

Para quem estuda psicanálise, fica impossível não pensar na “viagem” de criar todos esses personagens, que escreviam de maneira tão distinta e até se escreviam entre si, rs! Sem contar que todos eles tinham data de nascimento e morte e uma história pessoal.

Diante de todas as poesias, fiquei surpresa com uma mais incrível que a outra. Mas não sei exatamente porque, essa foi sem dúvidas a que mais mexeu comigo.

Quando vier a Primavera – Alberto Caeiro

Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.

Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.

Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.

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US

>> 12 outubro, 2010

"Deixei de ser tão exigente comigo mesmo". Uma vez o Daniel escreveu isso no blog dele e essa frase sempre ficou na minha cabeça. Acho que finalmente estou conseguindo usá-la - demorou, mas chegou a hora! Sou o tipo de pessoa que está sempre ali quando os outros precisam de ajuda ou pra contar uma coisa boa, sou a pessoa que não quer apenas estar presente, mas quer surpreender, fazer o melhor. Só que eu cansei! Cansei de saber que muitas vezes o contrário não acontece e isso já aconteceu várias vezes, com pessoas diferentes e aconteceu de novo agora. Mas, diferente das outras vezes, eu não vou dizer "Ok, vamos em frente!". Eu falei pra mim mesma: "eu não quero mais isso". E confesso que isso foi um alívio!

Fim do feriado! O tempo voou nesses quatro dias e podia ter sido ainda melhor, mas deixei de ser tão exigente comigo mesma. E o feriado foi muuuuito bem! Antes, preciso voltar um pouco no tempo...

Semana passada, fiz um cursinho de scrapbook de manhã, depois da aula de espanhol. Pra variar, fui a última a terminar as três folhas! É impressionante a minha falta de talento pra essas coisas manuais, mas eu adorei o resultado! À tarde, fui ver sapatos com a minha vó (cena do ano, a gente entra na loja e ela fala: "fala qual vc gostou pra ela trazer e vc provar!", e nem me deu a opção de não ter gostado de nada...hahaha), e à noite, cineminha + restaurante indiano com babe. Para quem não viu, recomendo o canadense "Eu Matei Minha Mãe", cujo diretor escreveu o roteiro, atuou e, é claro, dirigiu a obra quando tinha apenas 17 anos!

Domingo, teve sessão de terapia informal com meu melhor amigo e futuro psicólogo. Incrível minha sintonia com esse menino, eu nem preciso falar tudo e ele já tá ali adivinhando tudo que estou sentindo. Aí ontem ele me mandou a letra de "You're my best friend", do Queen. Lindo! E o final de semana passado terminou perfeito com meu babe! =D

Semana passada foi de grandes emoções. Como eu já tinha postado aqui, teve o show do Bon Jovi e foi algo incrível - mais um item cortado da minha listinha "coisas a fazer antes de morrer", rs! A emoção foi tão grande quanto o trânsito e aí chegamos lá quando o show já tinha começado. Eu e a Rê pegamos nossos ingressos e começamos a correr feito loucas pelo Morumbi, ouvindo a voz rouca do Jon. Quando chegamos lá e vimos o estádio lotado (60 mil pessoas) e o rosto do Jon no telão, a gente se desmanchou! Não demorou muito pra ele tocar as clássicas, as mais agitadas, as baladas, e a gente pulava, gritava, sorria, ficava falando sem parar "como ele é lindo", hahaahhaha! E o show passou num piscar de olhos e eu, que achei que ia me trazer umas lembranças meio tristes do passado, me surpreendi sem derramar nenhuma lágrima. No dia seguinte, um e-mail da Rê: "estou orgulhosa de você!". Ela nem imagina o quanto esse email me deixou feliz e o quanto ela era a única pessoa que fazia sentido estar ali comigo naquele momento. Valeu a pena cada centavo gasto e os 13 anos de espera!

A semana se arrastou, acho q por conta de toda essa expectativa com o show do Bon Jovi e com o cansaço pós-show que tomou conta de mim. Mas sexta-feira chegou e o feriado começou perfeitamente bem! ;-)

Tradição de sábado: fomos pro Vova. Dessa vez, eles fizeram 11 tipos diferentes de patê e não nos deixaram sair de lá enquanto não provássemos todo. Para acompanhar, algumas cervejas. Resultado: cheguei na casa do Daniel simpática e explodindo! Dormimos de conchinha pra espantar o frio e nos preparamos pra maratona do dia seguinte.

Domingo saímos de casa lá pelas 13h, paramos pra comer no Subway, deixamos o carro no Anhembi e pegamos um busão pra Itu. Diferente da maioria das pessoas, fomos especificamente por uma cantora, Regina Spektor, e o resto ali era só pra preencher o tempo. E valeu a pena o frio, o cansaço, o frio, a muvuca, o preço exorbitante pra beber ou comer qualquer coisa, o frio... o show foi tão liiiiindo. Ela estava impressionada a galera cantando junto e todo mundo super empolgado. O set list foi ótimo, pena que o show foi curtinho, mas deu pra ouvir praticamente tudo que queríamos. Várias lagriminhas escorreram lembrando do Naka, amigo que nos apresentou Regina Spektor e que não vemos há tempos porque está no congelante Colorado.

Depois disso, o feriado foi uma sucessão de comer-domir-ver séries-conversas inúteis e deliciosas. Putz, tem coisa melhor que isso? =)

Ainda bem que falta pouco pro próximo final de semana...
(Babe, obrigada por tudo! Te amo!)

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I'll be there for you

>> 06 outubro, 2010

Caiu a ficha que espero por esse dia há mais da metade da minha vida. MAIS-DA-METADE-DA-MINHA-VIDA. Assim como acontece com toda paixão, não se sabe exatamente como ou quando começa, você simplesmente sente. Quando se dá conta, um sentimento imenso já tomou conta de você e não há como recuar.

E foi assim com ele. Naquela época, ele estava em toda parte, em todas as rádios, em todos os programas de televisão e, talvez por isso (e não porque alguém efetivamente conhecia ou gostava dele já), várias meninas da sala pediram o cd dele no amigo secreto de final de ano da escola em 1997, inclusive eu. A menina que eu tirei também havia pedido e, com medo de não ganhar o meu, eu abri o CD, fui lá na papelaria, tirei xerox de todo o encarte e gravei as músicas numa fita (tempos bons e difíceis)! Mas eu ganhei o meu cd e ainda do menininho que eu gostava, rs!
Passei as férias todas ouvindo aquele cd e assistindo a gravação tosca que fiz do Programa Livre em que ele participou.

Por coincidência, foi naquele verão em que eu me apaixonei perdidamente: um amor platônico, secreto, sofrido e “ele” era a trilha sonora perfeita. O amor passou, as fitas não funcionam mais, o cd eu não ouço há décadas, o álbum de fotos deve ter ido para o lixo, a carta-rolo virou papel rascunho e até a paixão por ele deu uma esfriada.

Eu cresci, descobri que a música dele reúne chavões e coisas extremamente cafonas e que não fazem nem um pouco meu estilo. Mas quando soube que poderia vê-lo e ouvi-lo, lembrei o quanto gostava dele e o quanto as músicas dele foram importantes naquela época – e que eu decidi aprender inglês só pra entender o que ele dizia.

Bon Jovi, tu é muito cafona, mas eu te amo! Te vejo hoje à noite, baby!

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Mulheres sempre alteradas!

>> 01 outubro, 2010

Semana passada fomos (três meninas) ver a peça “Mulheres Alteradas”, inspirada nos quadrinhos da Maitena. Acho que todo mundo já viu as tirinhas dela em algum lugar e os livros fizeram bastante sucesso no Brasil há alguns anos...

Para as mulheres, é impossível não se identificar com uma (ou várias tirinhas) e rir baixinho lendo e pensando: “nossa, eu já fiz/pensei isso”. Mas, é claro, o que não falta é senso-comum: mulheres desesperadas com o peso, com a conta bancária, em casar, com os filhos, com o trabalho, com a celulite, com o peso, com as amizades, com o peso, e assim vai. A peça tem três personagens femininas, cada uma na fase da vida e tem bem a marca da Maitena; mas é compreensível para quem não conhece também e engraçada para todo mundo.

Acho que a maior diversão estava no fato de que somos amigas há anos, então cada vez que eles falavam algo que uma lembrava das outras a gente começava a rir muito! Programinha básico para as amigas, já que os homens podem até dar umas risadas, mas nunca vão entender o que é ser mulher. Afinal, até Freud se perguntou: “O que querem as mulheres?”

Info sobre a peça aqui



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